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A hora certa para ter o segundo filho

Postado em 01/04/2016 por em Gravidez | 1 comentário

Como saber se chegou a hora de ter o segundo filho? | Crédito: Eduardo Beltrame Fotografia

Como saber se chegou a hora de ter o segundo filho? | Crédito: Eduardo Beltrame Fotografia

Não demora muito, depois que a gente tem o primeiro filho, para as pessoas começarem a perguntar quando vem o segundo. Ouvi o depoimento de quem teve seguido e achou bom, de quem deu uma diferença maior de tempo e achou melhor e por aí vai.

Eu sempre quis ter mais de um filho: dois sempre me pareceu um número bom. Mas, como já contei por aqui, no caos do primeiro mês do Gabriel, pensei em ter apenas um filho. Na verdade, naquele momento, eu não conseguia imaginar passar por tudo de novo.

Depois do cansaço dos primeiros meses, bem devagar e aos pouquinhos, conforme meu pequeno foi crescendo, foi me dando saudade e uma vontade de ter outro bebê. Dependendo de como tinha sido o dia com o Gabriel – mais tranquilo ou mais difícil -, eu pensava em não demorar pra tentar ou achava melhor esperar mais.

Como já escrevi num outro post, ficar grávida não é algo que possa ser 100% planejado, pois pode demorar e, às vezes, pode nem ocorrer de maneira biológica. Com o Gabriel, foi quase um ano de espera. E, por isso, sempre tinha dúvida de quando começar a tentar de novo. Será que começamos a tentar já e corro o risco de engravidar logo ou deixo para tentar mais tarde e corro o risco de demorar muito para engravidar? Eu não sabia se era a hora certa. E aí que está! Eu acho que não tem uma hora certa, tem a hora que acontece para cada casal – assim como é na primeira gestação, no tempo de cada um que não é o mesmo pra todo mundo (Lembram do meu post “Não é da sua conta!”?.

Gabriel tem uma novidade pra contar. | Crédito: Eduardo Beltrame Fotografia

Gabriel tem uma novidade pra contar. | Crédito: Eduardo Beltrame Fotografia

Pois bem, por aqui, a hora chegou e aconteceu: estou grávida novamente! Foi bem mais rápido do que imaginávamos. Confesso que, junto com toda a felicidade deste momento, bate um medo de não dar conta de dois e uma culpa por “dividir” a dedicação que hoje é exclusiva do Gabriel com outro bebê, sendo que o primeiro é tão pequeno ainda. Eu sei que o amor não se divide e, sim, se multiplica. E é esse amor que me fortalece quando a apreensão aparece.

Quando o bebê nascer, o Gabriel já deverá ter recém-completado dois anos. Serão dois de fralda, dois bem dependentes ainda de mim. Talvez, por isso, o início será bem exaustivo. Por outro lado, a vantagem de ter o segundo filho seguido do outro é estar com tudo fresco na mente do que fazer, de poder aproveitar muitas roupas e vários acessórios, de estar no embalo do cansaço e não sentir tanto a quebra da rotina, de os dois terem idades próximas para brincarem e se entreterem juntos. Acho que há vantagens e desvantagens (se é que podemos chamar assim) independentemente do intervalo de idade entre os filhos e é lógico que, se focarmos nas desvantagens, bate um medinho.

Falando em apreensão, o que me angustia também nessa história é a epidemia do Zika Vírus em que há recomendações para não se engravidar. Confesso que quando cheguei a pensar se seria melhor tomar cuidado para não engravidar por causa disso, eu já estava grávida e ainda não sabia. E também não era uma decisão 100% tomada de que iríamos adiar os planos em função desse cenário, então também não posso dizer que estou arrependida por acontecido justo agora ou que eu desejaria que tivesse ocorrido depois. Agora ainda começou um surto de H1N1 e, em Floripa, estão ocorrendo vários casos de caxumba (meu irmão, inclusive, foi diagnosticado nesta semana).

Eis que tudo aconteceu antes que pudéssemos analisar esse cenário e agora eu diria que me preocupo, mas me cuido como posso, passando repelente, evitando áreas de maior risco e contato com pessoas doentes. Afinal, aconteceu e vejo como outra benção poder engravidar novamente. Então, ao invés de ficar imaginando cenários já impossíveis a essa altura, só posso agradecer por conseguir vivenciar novamente essa experiência e rezar e me cuidar para que seja uma gravidez tranquila como a primeira e sem nenhuma intercorrência.

Me considero mais preparada. Sei que não será fácil, mas, pelo menos, sei o que esperar. E se a parte “ruim” do pacote amedronta, a parte boa- que é muito maior – me faz relaxar e curtir muito cada momento da gravidez.

E lá vamos nós outra vez! <3

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1 Comment

  1. Eu sempre me emociono com teus posts. Me vejo muito no que escreves quando tive meu primeiro filho, também Gabriel, hj com 16 anos. Quando ele tinha 01 aninho engravidei de gêmeos… fiquei feliz mas com muita dó do meu bebê, tão novinho pra ser desancado. Logo depois perdi, tratava-se de uma gestação ectopica. É tão incrível como nos sentimos tão divididas neste momento, mas acredito, fortemente, que o amor se multiplica sim, que todos os filhos são nossos eternos primeiros filhoa. Tenho certeza que sua felicidade será maior que a trabalheira…

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  1. #maededois: diferença entre as gestações | Não são gêmeos - […] terá a exclusividade que ele teve por esses quase dois anos. Mas aí é aquilo que comentei no post…

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