Menu+

Ao pé da letra!

Postado em 21/12/2015 por em Comportamento, Sem categoria | Comente!

 

Dedico esse texto à minha filhotinha que me ensina e me lembra a todo o momento o que realmente é valioso e à minha afilhadinha que foi a nossa primeira ‘escolinha’ de como lidar com um bebê, e hoje está se transformando numa menininha linda, educada, gentil e amorosa! <3 <3 <3

 

Não sou nenhuma expert em educação infantil e confesso, nenhuma grande estudiosa do tema também. Aliás, com a Maria Antônia crescendo e desenvolvendo sua personalidade, este é um tema ao qual preciso me dedicar, afinal, educar uma criança é uma responsabilidade e tanto, não é mesmo? Acredito de verdade que um pouco de empatia e capacidade de ouvir os pequenos já representam um grande passo para não falhar neste processo contínuo e delicado que é a educação.

 

Minha afilhadinha, Helena, na época com 2 anos <3

Minha afilhadinha, Helena, na época com 2 anos <3

Minha mãe é Psicopedagoga e isso me tranquiliza, por que posso recorrer à sua ajuda, sempre que necessário. Mas não me apoio nisso, estou também treinando a minha habilidade de observação e paciência – o que é um desafio e tanto – para ajudar minha filhotinha a se desenvolver da melhor forma possível. Comecei a despertar para as coisas que falo perto das crianças quando percebi a reação da minha afilhada, na época com 3 anos, durante uma conversa minha com sua mãe (minha cunhada). Nós estávamos na casa dela e depois da janta fui lavar a louça, minha cunhada logo disse “deixa isso aí, boba” e eu prontamente respondi “não, boba, rapidinho eu lavo”. Depois de algum tempo veio minha afilhada e falou “mamãe, você é boba”, nós logo fomos repreendê-la e dizer que ela não poderia falar aquilo para a mãe que era sempre tão carinhosa com ela. E a coitadinha ouviu tudo com uma grande interrogação no seu rostinho, quase visível. E foi vendo aquela expressão que me dei conta, ela estava simplesmente reproduzindo o que havia escutado, então, nós a chamamos e explicamos tudo de novo. Essa foi uma situação simples, mas imaginem que nó na cabeça de uma criança se falarmos algo do tipo “seu pai vai te matar”, depois de alguma bagunça em casa, por exemplo. Digo isso por que as crianças são literais e isso e outras frases podem causar um dano irreparável em seu comportamento.

 

Num outro dia, estava dando banho de banheira na Maria Antônia e ela me pediu, com seus gestos e esboços de palavrinhas (ela está com 1 ano e 6 meses), para abrir um potinho de creme hidratante. E eu passei praticamente o banho todo explicando que eu não iria abrir, pois se ela colocasse água dentro do pote, estragaria o creme, mas ela foi insistente e continuou pedindo. Por fim, ela me venceu pelo cansaço, cedi ao pedido e abri o pote, ela simplesmente não queria colocar água em nada, queria apenas brincar de encaixar a tampa no pote, ao final do banho, lá estava meu creme, intacto! Isso me fez pensar não só na interpretação ao ‘pé da letra’, mas em como nós, adultos, temos a terrível mania de complicar tudo. Temos que tomar muito cuidado para não contaminá-los com a nossa visão prática e seca das coisas, o mundo para eles ainda é ‘cor de rosa’ sim, e tem mesmo que ser, os aprendizados virão com as suas próprias experiências, no tempo certo e não com as palavras duras e ‘ranzinzas’ dos adultos.

 

“Eu fico com a pureza das respostas das crianças…”

 

Esse texto não tem a ver diretamente com Natal, mas sim com esperança, o que dá no mesmo! Esperança por que ao termos um filho, temos a oportunidade de transformar o mundo num lugar melhor, basta termos disposição para ouví-los e enxergá-los, verdadeiramente. Isso é um desafio, mas tenho certeza que o esforço é válido para que nossos bebês tenham o melhor desenvolvimento possível e se tornem adultos capazes de influenciar positivamente sua comunidade e quem sabe o mundo.

Tags: , , , , , , , ,

Comente!

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *