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Visita de mãe: Grávida 2 vezes

Postado em 31/05/2015 por em Comportamento, Gravidez | Comente!

Arquivo Pessoal (primeira gravidez)

Crédito: Bambini & Piccolini

Olá mamães,

 

Inicialmente, me apresento: sou a Débora – cunhada da Juliana, uma das autoras do blog (e que é também minha comadre, já que eu sou madrinha da filha dela, e ela é dinda da minha filha).

 

Tenho 28 anos, sou casada com o Nando, e temos 2 filhos. A Helena tem 3 anos e meio e o Francisco está completando 30 semanas dentro da barriga. Esses dias a Ju me convidou a escrever um depoimento com as minhas percepções acerca das duas gravidezes (plural esquisito, né?), e como realmente elas não foram nada parecidas, venho aqui contar o que senti e tenho sentido nessas duas experiências tão únicas, literalmente.

 

Bom, partindo do princípio – a concepção, elas já começaram diferentes: na gravidez da Helena eu não sabia nada sobre período fértil, não me atentava aos detalhes do meu ciclo menstrual e o que ocorria no meu corpo quando estivesse apta a engravidar, ou seja, ovulando. Eu só sabia que queria ser mãe! E talvez até por isso eu tenha demorado algum tempo a engravidar, acho que uns 8 meses no total, entre interrupções de pílula e retomadas de cartelas por conta de uma viagem, por exemplo. Ou seja, eu fazia tudo errado! As tentativas eram mais guiadas pelo acaso do que por planejamento.

 

Já nessa segunda gravidez, e como eu já tinha uma menina, acabei estudando bastante sobre como aumentar as chances de ter menino, e a partir daí foi planejamento total. Passei a observar meu corpo, meu ciclo menstrual, fazer anotações no celular, entender os dias de ovulação, li muito, e coloquei em prática os “esqueminhas” pra encomendar um menino. (Alguma ginecologista vem aqui me ajudar agora por que eu não lembro os detalhes pra isso, mas na época eu sabia tudo certinho, eu juro!!). [Confira algumas dicas aqui]

 

Logo no primeiro mês que eu tentei engravidar, eu consegui. Vou confessar que nem eu esperava que a tentativa seria tão certeira. Eu descobri a gravidez no dia do aniversário da minha filha, então foi super emocionante. Contei aos melhores amigos e a família durante a festinha de 3 anos da Helena, e foi comemoração dupla!
Eu estava de 4 semanas, e lembro de naquela semana começar a me preparar psicologicamente pra ter tantos enjôos quanto eu tive na gravidez da filha mais velha, mas isso não aconteceu. Não vou mentir que não enjoei nem um dia, mas nem se compara ao quanto eu passei mal na primeira. Nessa gestação tive episódios pontuais de vomitar, de intolerância a alguma comida (deixei de comer bacalhau, que eu adorava, e não consigo comer até hoje) mas foram muito menores. Na gravidez da Helena eu SÓ passava mal. Foi complicado, emagreci 4 kgs nos 3 primeiros meses, não tinha fome e me alimentava a força. Desejo, mesmo, zero! Durante a espera do Francisco eu tenho tido apetite de sobra, alguns desejos malucos e a vontade de doces anda me pregando uns sustos nos exames.

 

E falando em amor, aqui posso começar a assinalar a SEMELHANÇA entre as duas experiências: se tem algo que eu senti de forma tão viva, e torno a sentir hoje é esse amor por esses dois pequenos seres que se formaram dentro da minha “barriga” e perto do meu coração.

 

A gravidez da Helena foi totalmente saudável, e no fim das quase 39 semanas eu não havia engordado 1kg além do que eu já tinha antes de grávida, já que perdi alguns no início e só os recuperei lentamente até o fim. (A Ju está de prova, contando parece até mentira, eu sei). Já nessa, meus exames mostraram que estou no limite pra desenvolver o temido diabetes gestacional, e por isso ando cuidando muito mais da alimentação. Engordei 4 kgs até aqui, que também é relativamente pouco, mas ganhei de brinde uma anemia que demanda bastante atenção e me obrigou a fazer reposição de ferro na veia, o que tem me deixado muito mais preocupada e com a disposição bem afetada.

 

A barriga, na segunda gravidez, realmente aparece muito mais cedo que na primeira. O inchaço também apareceu de forma mais precoce, desde o 5o mês, e na primeira gestação só fui inchar nas semanas finais.
A dor nas costas, então, nem se fala. A primeira gestação foi “fichinha” perto dessa, que já sinto dores consideráveis há uns 2 meses.

 

Outra coisa bem diferente entre as duas é a ansiedade. Na primeira eu pesquisava o tempo todo, me perdia em pensamentos, planejei tudo com enorme antecedência, e nessa gestação a coisa anda fluindo muito mais solta e menos preocupada, por que eu já sei o que me espera. Dizem que o primeiro filho é de cristal e o segundo é de vidro, não é? Agora eu entendo o ditado.

 

Mas dentre todas essas diferenças que eu contei a vocês entre as duas gestações, pra mim a mais importante é a forma que vou ter meu filho. Ando me preparando psicológica e fisicamente pra ter um parto normal, e caso tudo se encaminhe de forma saudável (é preciso ter essa consciência e não ser radical, infelizmente), é assim que vou trazer o Francisco ao mundo. Na gravidez da Helena eu tive uma cesárea absolutamente certa da minha escolha e sem pressão médica, e no dia que ela quis vir. Mas foi cesárea. Hoje me arrependo de não ter me informado tanto na época e compreendido tudo que envolve um nascimento, mas entendo que a decisão fez parte de um contexto, e não me abalo tanto por que foi uma decisão exclusivamente minha, sem influência ou indução de ninguém. Mas se fosse hoje… Teria diferente. E espero profundamente que daqui há um tempo eu volte aqui pra relatar mais essa diferença entre as gravidezes dos meus dois filhos amados.

 

E falando em amor, aqui posso começar a assinalar a SEMELHANÇA entre as duas experiências: se tem algo que eu senti de forma tão viva, e torno a sentir hoje é esse amor por esses dois pequenos seres que se formaram dentro da minha “barriga” e perto do meu coração. Tanto a minha filha quanto o meu filho foram muito esperados, muito amados desde pequeníssimos embriões e paparicados desde dentro desse corpinho que se enche de ocitocina e que aqui vos fala.

 

E é assim que termino meu depoimento, meninas. Fisicamente, as duas gestações tiveram muitas diferenças. Mas no coração, reina um sentimento IDÊNTICO!

 

Me despeço desejando uma boa hora às gravidinhas leitoras do blog, saúde de sobra pros filhotes das mamães que circulam por aqui, e muita sorte as “tentantes”!!

 

Até a próxima!

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