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Visita de Mãe: Por uma alimentação mais saudável

Postado em 27/04/2016 por em Alimentação | Comente!

Depois de algum tempo, a Magda – mãe da Ana Laura que agora está com 2 anos e 3 meses – está de volta com mais um texto bacana para nosso blog. Se você se preocupa com a alimentação do seu filho (e da família inteira), não deixe de conferir. Nós também temos essa preocupação e, quem acompanha nosso Instagram, pode conferir alguns pratinhos e algumas receitas que preparamos para nossos nossos pequenos. Mas vamos parar de falar da gente e deixar o espaço para a Magda. Obrigada novamente pela participação!

Por uma alimentação mais saudável | Por Magda Pamplona

Sempre achei que tinha uma alimentação saudável só porque comia muita fruta, verdura e alimentos integrais. Quando engravidei, comecei a prestar mais atenção ao que comia e me dei conta que também consumia muita coisa industrializada. Imediatamente cortei da lista de compras molho de tomate processado e aqueles temperos prontos cheios de glutamato monossódico. Mas mudei mesmo a minha relação com os alimentos a partir do primeiro ano de vida da minha filha.

Até os seis meses de idade ela mamou exclusivamente no peito. Entre seis meses e um ano, mamava, comia frutas nos lanches da manhã e da tarde e jantava e almoçava “comida salgada”, que nesse período era preparada sem sal. Quando fez um ano, a alimentação ficou mais diversificada, com a introdução de novos alimentos como pães, bolos e biscoitos. No entanto, quis manter uma dieta com alimentos o menos processados possível. Então, passei a fazer uma leitura detalhada de rótulos de embalagens e percebi o quanto de conservante, corante, açúcar e gordura consumimos.

Roscas de polvilho caseiras preparadas pela Magda. | Crédito: Reprodução do facebook

Roscas de polvilho caseiras preparadas pela Magda. | Crédito: Reprodução do facebook

Nessa época, por indicação de uma amiga, a Denise Ferreira, do blog Bem Que se Quis, conheci um blog sobre alimentação infantil/alimentação saudável (As Delícias do Dudu), que sempre consulto quando quero uma receita nova. A autora da página prepara em casa praticamente tudo o que o filho come. E me dei conta de que se eu quisesse manter uma alimentação saudável para a minha filha, teria também que cozinhar a maior parte das coisas em casa.

Eu e meu marido seguimos a orientação do Ministério da Saúde de só oferecer alimentos com adição de açúcar após os dois anos (hoje ela tem dois anos e três meses). Com exceção de alguns alimentos (pães, biscoitos, queijo e manteiga, por exemplo) ou de alguns dias, geralmente em finais de semana, em que vamos a um restaurante, praticamente toda a alimentação dela é preparada em casa. O que não é feito em casa é rigorosamente selecionado (em situações de emergência recorro às comidinhas da Paplim, uma empresa que produz comidas congeladas com foco nas crianças com a mesma qualidade da feita em casa).

A escola em que ela estuda também se preocupa com a educação alimentar das crianças e isso é bastante importante, especialmente durante a primeira infância, em que a criança está adquirindo seus hábitos alimentares. Os lanches são coletivos, ou seja, todo mundo come a mesma coisa, e sempre têm frutas e sucos naturais. Bolos caseiros sem cobertura e sem recheio, pães integrais, ovo e milho cozido também fazem parte do cardápio. Já iogurte saborizado, achocolatado e embutidos, por exemplo, não são oferecidos na educação infantil.

Resultado de tudo isso: uma filha supersaudável, que come muita fruta e verdura, que não tem sobrepeso e nunca tomou um antibiótico. Tenho certeza que uma alimentação de qualidade, aliada à amamentação, contribuiu para a manutenção de uma boa imunidade.

Nhoque de batata doce feito pra toda família. | Crédito: Reprodução do facebook

Nhoque de batata doce feito pra toda família. | Crédito: Reprodução do facebook

Para servir de exemplo pra ela, passei a investir também numa alimentação saudável pra mim. Acredito, e percebi na prática, que a alimentação influencia no nosso estado físico e no nosso humor.

A minha alimentação não é ainda a que considero ideal. Como a maioria das mulheres de hoje, me desdobro entre ser mãe, esposa, profissional, dona-de-casa, amiga, filha e os outros diversos papéis que desempenhamos na vida. Não consigo cozinhar com a frequência que eu gostaria para poder manter uma alimentação caseira para a família toda (eu, meu esposo e minha filha). Então priorizo cozinhar para a minha pequena (e como eu adoro vê-la comendo as comidinhas que faço com muito amor!). Geralmente preparo uma grande quantidade de um mesmo alimento (arroz, feijão, carne…) e congelo em porções pequenas. Conto ainda com a ajuda da minha mãe, que prepara várias comidinhas para congelar. Aliás, a alimentação da minha filha provocou mudanças na dieta da família toda. Sabem aquela salada de batatas do almoço de domingo? Então, na casa da minha mãe agora o molho de maionese é sempre caseiro.

Pastéis de forno feitos pela Magda para o lanche coletivo da escola. | Crédito: Reprodução do Facebook

Pastéis de forno feitos pela Magda para o lanche coletivo da escola. | Crédito: Reprodução do Facebook

Além de não conseguir cozinhar sempre para a família toda, ainda dou umas derrapadas fora de casa, pois não é fácil abandonar definitivamente velhos hábitos. Mas tenho me esforçado. Minha filha me motiva a continuar. No entanto, algumas coisas abolimos de vez em casa: refrigerante, bolacha recheada, açúcar refinado, margarina, salsicha, suco de caixinha, achocolatado, iogurte saborizado e adoçado e, como já citei, molho de tomate industrializado e tempero pronto.

Sei que muitos pais não têm condições de cozinhar em casa, especialmente por falta de tempo, nem podem contar com a ajuda de outra pessoa, como eu conto com a da minha mãe. Mas é possível fazer opções saudáveis mesmo na hora de escolher alimentos prontos. Que tal começar trocando o iogurte saborizado do lanche por uma fruta ou um biscoito de polvilho sem conservantes? Não dá tanto trabalho substituir o embutido do sanduíche pelo queijo, né? Vamos valorizar mais o pão com validade de três/quatro dias apenas, em vez daquelas bisnaguinhas que duram duas semanas e são cheias de conservantes? Na hora de escolher a pizza, podemos optar pela marguerita ou a de brócolis, no lugar da de calabresa. Quanto mais tarde as crianças experimentarem alimentos ultraprocessados, melhor elas aceitarão os alimentos saudáveis.

Aqui em casa não seguimos uma dieta específica (sem glúten, sem lactose, vegetariana etc.). Respeitamos quem opta por uma alimentação mais restrita. A nossa escolha foi por mais alimentos in natura, menos alimentos processados.

Esses dias não resisti e acabei comendo um brigadeiro na frente da minha filha. Sou da opinião de que se a criança não conhecer determinado alimento não vai sentir vontade de comê-lo. Mas não gosto de proibi-la de comer o que eu como na frente dela para não fazer alarde e despertar mais interesse ainda pelo alimento. Pois bem, ela pediu um pedaço do brigadeiro, mordeu e por um segundo pensei: “ferrou, vai gostar!”. Mas ela logo cuspiu de volta. Perguntei a ela o que houve. E ela: “não gostei”. E veio na minha cabeça o tema da vitória, aquele que ficou famoso por tocar cada vez que o Ayrton Senna ganhava uma corrida de Fórmula-1. Ahahahahah Acho que eu e meu marido estamos fazendo um bom trabalho. 🙂

 


– Visita de Mãe: Veja aqui todos os textos já publicados da nossa coluna em que outras mães compartilham suas experiências. Quer participar também? Entre em contato com a gente.

 

 

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