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Erros que cometi antes de ser mãe

Postado em 11/12/2015 por em Comportamento | Comente!

É emocionante ver o carinho da Sara com o Gabriel. | Crédito: Arquivo pessoal

É emocionante ver o carinho da Sara com o Gabriel. | Crédito: Arquivo pessoal

Tenho um grupo de amigos do colégio que chamamos de Sexteto. Alguns de nós se conhecem desde o Ensino Fundamental e outros se conheceram no Ensino Médio, onde surgiu oficialmente o grupo de seis, que depois virou sete – mas o nome se manteve.

Bom, foi nesse grupo que surgiu o primeiro bebê do meu círculo de amigos e que mais tarde, para minha felicidade, se tornaria minha afilhada. Ninguém tão próximo de mim e da minha faixa etária tinha tido filho ainda e a Sara veio, há quase três anos, pra alegrar as nossas vidas.

Eu admiro muito meus compadres pela forma como eles estão criando a Sara. E só agora eu vejo que, por mais que eu tenha tentado acompanhar bem de perto esse crescimento dela, até pela proximidade e intimidade que temos, não sabia da missa a metade. Mais do que isso, vejo quantos “pequenos” erros eu cometi por não estar inserida ainda neste universo da maternidade quando ela nasceu e até o Gabriel chegar para me tornar mãe (o que ocorreu um ano e sete meses depois).

E, por isso, eu escrevo este post até como um pedido de desculpas para meus compadres que nunca me falaram nada, mas que agora, como mãe, vejo as coisas de outra maneira.

1) Visita na maternidade: O que não faltam são posts sobre etiqueta de visita para recém-nascido por aí. Sim, eu já tinha lido isso e sabia da questão das visitas. Mas como somos bem próximos, eu quis muito conhecer a Sara na maternidade. Mandei mensagem perguntando se podíamos ir e, com o ok deles, fomos um dia depois que a Sara nasceu. Mas hoje eu não sei se iria, porque nesse primeiro e segundo dia com o bebê estamos num estado de êxtase em que precisamos tanto nos conhecer ( mãe e filho). E eu não só fui como fiquei um tempo no quarto e vi minha amiga amamentar e assisti ao primeiro banho sem ao menos perguntar se não seria melhor sairmos nesses momentos para que o casal ficasse mais à vontade. Vocês, meus compadres, podiam dizer que tudo bem a gente ficar, mas tínhamos que ter perguntado ou simplesmente saído.

2) Fotos no Facebook: Eu nunca fui de postar muita coisa nas mídias sociais e nem de ficar expondo minha vida (tudo bem que agora com o blog acabo fazendo mais isso, mas vocês podem perceber que é tudo bem ponderado, principalmente fotos que exponham o pequeno). Assim que a Sara nasceu, meu compadre postou fotos dela no Face dele. Quando fomos visitá-los, tiramos uma foto e eu postei no mesmo dia sem ao menos perguntar se podia. Eles não se importaram (ou pelo menos não me disseram nada), mas eu tinha que ter pedido autorização. Por mais que meu compadre já tivesse postado, a filha é dele e não minha. E é ele que tem que me permitir expor a sua filha na rede, mesmo que eu o faça bem pouco e mais para demonstrar algum momento feliz com ela e todo o amor que sinto por essa menina tão especial.

3) Puerpério: Eu não tinha noção do que era isso, nem conhecia esse termo. Eu não fazia ideia do que minha comadre estava vivendo. Pelo menos, eu acho que fiz uma coisa legal que eu tinha lido num blog. Na primeira visita que fizemos pra eles em casa, quando a Sara estava com um mês, tomamos um café lá e eu levei um bolo e lavei toda a louça. Tinha lido um post que dizia que os pais não precisavam de ajuda com a criança, mas com a casa. Mas hoje penso que poderia ter oferecido mais ajuda nesse sentido.

Dia mais que especial: quando recebemos o convite para sermos dindos. | Crédito: Arquivo pessoal

Dia mais que especial: quando recebemos o convite para sermos dindos. | Crédito: Arquivo pessoal

4) Comidas: O dia em que recebemos o convite para sermos padrinhos da nossa princesa foi a primeira vez que a Sara ficou na nossa casa. Ela já tinha uns 10 meses. Nossos compadres a deixaram por uma tarde já com uma papinha de frutas e todas as orientações. Eu não entendia nada de alimentação para bebês e crianças e não tinha nada preparado nesse sentido. Se eu soubesse, eu teria preparado comidinhas mais apropriadas para que eles nem precisassem se preocupar com isso – nessa vez e nas outras que foram jantar em nossa casa. Uma vez, na praia, antes de a Sara completar um ano, perguntei se ela já tinha provado sorvete. Minha comadre disse que não e me deixou dar para ela experimentar. Eu não sabia que era melhor evitar dar açúcar até os dois anos (como hoje eu cuido tanto para não dar para o Gabriel, assim como fui aprender só com o Gabriel que até um ano também não se deve colocar sal na comida). Tudo bem que é uma decisão de cada mãe o que dar para seu filho e eu não dei em nenhum momento nada que meus compadres não permitissem. Mas eu não devia nem ter cogitado oferecer sorvete pra uma criança tão pequena. Felizmente, foi uma ação isolada e até hoje a Sara não curte doces e prefere uma bandeja de tomatinho cereja. E agora, se os pais dela autorizarem, posso oferecer comidas bem mais saudáveis e apropriadas para sua idade quando ela vier na nossa casa.

Com certeza, tiveram outros erros que cometi com a Sara, bem como os que cometi, cometo e cometerei ainda com o Gabriel. Não cometemos esses erros por maldade, mas sim por falta de conhecimento, às vezes, e excesso de amor. O que podemos fazer é aprender com eles, com o tempo e com as informações de qualidade que lemos para evitar errar novamente no mesmo ponto.

Aos meus compadres, peço desculpas pela inexperiência e até ignorância na época. E meu muito obrigada publicamente por terem nos confiado o maior tesouro de vocês. Espero estar sendo uma madrinha melhor depois de ter me tornado mãe, apesar de não estar mais tão disponível por causa dos cuidados com nosso pequeno. Aliás, ser madrinha é incrível, né? É amar como filho uma criança que não é “sua”. Mas esse é um assunto para outro post. <3

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