Menu+

Palpiteiros de plantão

Postado em 28/07/2015 por em Comportamento | 4 comentários

No último post (leia aqui), falei sobre como nós mães somos autocríticas, sempre nos cobramos e por vezes nos culpamos por cometer algum erro na educação dos nossos bebês. E na verdade, nossa maior preocupação deveria ser com o comprometimento em fazer o nosso melhor, e não em alcançar a perfeição. E exatamente por toda essa cobrança, não precisamos ouvir julgamentos de terceiros sobre como estamos alimentando ou vestindo nossos filhos, por exemplo. E parece que virou moda achar que alguém é “mais mãe” ou “menos mãe”, simplesmente por que age diferente do outro.

 

Eu passo o dia cuidando da Maria Antônia e me dedicando a brincar, dar banho, comidinha saudável e orgânica e tudo o mais, enfim, decidi me entregar exclusivamente à maternidade no primeiro ano e meio. Não por que eu acho que isso é o certo, mas por que as condições me permitiram e por que eu me dispus, sinto falta de trabalhar, mas sei que este momento é importante e quero participar o máximo possível. Quem não pôde ou não quis ‘estender’ a licença maternidade, tem seu direito, sua opinião e meu respeito.

 

Enfim, semana passada fui ao shopping e ao descer pelo elevador peguei o celular para mandar uma mensagem para uma amiga, avisando que estava chegando. Pois bem, ainda no elevador, fui bruscamente alertada por uma senhora de que os pézinhos da minha fofa, que estava no carrinho, estavam muito perto da porta que estava fechando, e realmente, acho que deu uma distância de 2 centímetros. Poderia simplesmente pensar, que a aquela pessoa havia sido gentil em me alertar, mas ela resolveu completar com o seguinte: “Ficar prestando atenção no celular dá nisso”.

 

PAUSA DRAMÁTICA, pensamentos me invadem em milésimos de segundos:

  1. Dou um soco na cara dela (#prontofalei);
  2. Sento e choro me sentindo a pior mãe do mundo;
  3. Respiro fundo, faço cara de paisagem e finjo que ela não falou nada.

 

Lógico que a opção “a” foi um micro lampejo digno de qualquer ser humano, mas rapidamente descartado, afinal levanto a bandeira da paz, “b” nem pensar, por que tenho consciência da mãe que sou e dos esforços que não meço para garantir sempre o melhor para minha filha. Me sobrou a opção “c” e assim foi, chegamos no andar pretendido, levantei a cabeça e saí cheia de elegância. É o que comentei acima, passo o dia em função da minha fofa para em 1 minuto ser julgada e o pior, injustiçada por uma desconhecida. É claro que fiquei chateada, mas acho que é hora de praticar a tolerância e dar para as situações o tamanho que elas devem ter, para que não tomem rumos desproporcionais.

 

Outro dia, estava num restaurante com a minha cunhada, e pela primeira vez em 1 aninho, coloquei desenho no celular para distrair a Maria Antônia, para finalizarmos uma conversa. Prefiro evitar esse recurso, mas sei que algumas mães usam bastante e não tenho opinião sobre isso. Mas percebi olhares questionadores de duas moças em outra mesa, que me incomodaram um pouco, mas neste caso, ficou por isso mesmo (ufa!). Essas situações são de chatear, mas estou trabalhando o desenvolvimento da habilidade da audição e visão seletiva, algo que a gente precisa muito quando descobre que vai ter um bebê! rsrs

 

E digo mais, uma dica ou palpite de pessoas próximas, que verdadeiramente nos querem bem, vale a pena ouvir! Se você discordar, basta dizer que vai pensar a respeito. Pronto, assunto encerrado e III Guerra Mundial evitada.

 

Nós nos armamos, preocupados com a opinião dos outros, e a verdade é que ouvir ‘atentamente’ e sorrir como se achasse uma ótima ideia e, assim que virar as costas guardar essa opinião na caixinha do “já esqueci” é a melhor opção. Ninguém se estressa e se evita uma discussão desnecessária. Bater boca é coisa do passado, vale muito mais guardar essa energia pra cuidar e curtir nossos bebês <3.

Leia aqui uma matéria que vai te dar esperança de encontrar pessoas mais compreensivas e generosas.

Tags: , , , , ,

4 Comments

  1. É isso aí, muita calma e tolerância. Seria um péssimo negócio transferir esse clima pro bebê. Parabéns!!!

    • ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️

  2. Adorei o texto, Juliana! Teve uma época que eu retrucava os palpites. Teve outra em que eu comecei a achar que poderia estar perdendo boas dicas. Aí comecei a ouvi-los, mas só guardar os úteis! 🙂

    • Que bom, obrigada, Talita! É isso aí, não vale comprar briga por tudo né?!

Comente!

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *