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Vale a pena comprar um sling?

Postado em 14/05/2015 por em Compras | 9 comentários

No curso que fiz para gestantes, tive um tópico sobre o sling. Mesmo achando um item caro, considerando que é “só” um pedaço de pano, resolvi comprar um wrap sling no final da gravidez. E se você não conhece esse acessório, deixa eu te apresentar: prazer, sling!

 

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Gabriel dormindo no sling com pouco mais de um mês | Crédito: Arquivo pessoal

Apesar de o Gabriel chorar muito nos primeiros dias, principalmente quando as cólicas começaram lá pelos 15 dias de vida, só peguei coragem de colocá-lo no sling quando ele estava com uns 20 dias. Na primeira vez, o meu marido me ajudou, porque realmente fazer aquelas amarrações não foi fácil de início. Gabriel chorou por uns minutos, mas depois se acalmou e dormiu. E meus braços, que doíam de tanto embalá-lo, puderam descansar. Foi aí que percebi que o sling não era só um pedaço de pano, era mágico!

 
Comecei a usá-lo diariamente e peguei a prática de colocá-lo. Até o Gabriel ter uns dois meses, eu o colocava de lado e, depois, comecei a colocá-lo de pé, barriga com barriga, mas sempre na amarração básica (veja um vídeo aqui). E super recomendo! Acho que teve umas poucas vezes que o sling não funcionou (ou seja, não serviu para acalmá-lo) – nem cinco que eu lembre – e de resto, Gabriel sempre acabava dormindo grudadinho em mim.

 

Nos primeiros meses, meu filho não dormia no berço de jeito nenhum (hoje sei que era fase e não teria me estressado tanto). Com ele no meu colo por mais de 12h por dia, eu ficava morta e não conseguia fazer nada. Depois que comecei a usar o sling, eu conseguia lavar louça, arrumar a casa, fora descansar sentando no sofá com ele no sling depois que o pequeno adormecia. Teve uma vez que nada fazia o Gabriel parar de chorar. Decidi colocá-lo no sling e fui passar aspirador pela casa. Ele apagou em menos de cinco minutos.

 

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Nós dois em uma festa de aniversário à noite | Crédito: Arquivo pessoal

O sling sempre foi meu porto seguro (e ainda é). Se nada funcionava para fazer o Gabriel se acalmar, eu o colocava no sling e dava certo. Aos quatro meses, Gabriel começou a dormir mais fácil – e no berço – e deixei de usar tanto o sling, mas mesmo assim sempre o levo comigo para emergências. Entenda como emergência situações em que não haja colo, berço ou carrinho que resolva. Além disso, nas poucas vezes que preciso sair à noite com ele e o tiro da rotina, eu acabo recorrendo ao sling para deixá-lo dormindo. Usei também em viagens para passear e não ficar levando o carrinho ou para fazer com que ele dormisse e eu pudesse curtir também o passeio.

Foi aí que percebi que o sling não era só um pedaço de pano, era mágico!

Acabei comprando dois slings: o tradicional de algodão e um de dry fit para o calor (porque realmente o negócio esquenta e tanto o bebê quanto a gente saem suados) – ambos do tipo wrap. E até hoje eu adoro “slingar” com o meu filho. Dá de amamentar com o sling, mas eu não peguei o jeito pra isso e toda vez que preciso amamentá-lo, eu desamarro todo o sling, dou de mamar e depois o coloco de novo se for o caso.

 
Acho até que poderia ter usado mais o sling nos primeiros meses e isso teria tornado as coisas mais fáceis para mim e para o Gabriel no começo. Algumas vezes, eu deixava de usar porque queria que ele dormisse no colo para eu tentar colocá-lo no berço depois (já que dormir direto no berço era algo de outro mundo no nosso caso) e fazer a transição sling-berço também não rolava, pois era só começar a desenrolar o tecido que ele acordava. Ficava com receio também de só fazê-lo dormir no sling porque vinha aquela voz palpiteira na minha cabeça dizendo que ele ia se acostumar a ficar só no colo. Hoje, vejo como era bobagem, porque realmente acho que colo não vicia.

 

Confesso que teve uma época em que tudo o que eu queria era que ele aprendesse a dormir no berço pra me dar um descanso, mesmo com o sling. Hoje, uso bem menos o sling e tem vezes que até sinto falta e o coloco. É uma boa alternativa quando não se quer levar o carrinho de bebê, porque ficar segurando o bebê só no colo cansa bastante, dependendo do peso do seu filho e do período de tempo em que você terá que carregá-lo.

 

Hoje eu daria as seguintes dicas para quem quiser experimentar o sling:

 

Experimente. Vale a pena! Deveria ser um daqueles itens básicos de enxoval de bebê.

 

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Em uma recente viagem que fizemos, Gabriel ficou dormindo no sling enquanto eu visitava o Cânion da Ronda | Crédito: Eduardo Beltrame

Não desista. No início, parece difícil fazer as amarrações, mas há vários tutorias na internet (veja aqui). Pode ser que o bebê chore e demore a se acostumar, mas insista e tente ficar com o bebê enrolado por uns 10 minutos, mesmo chorando, pra ver se ele não vai se acalmar.

 
Dance. Se você colocar o bebê e ele ficar chorando ou não quiser dormir, ponha uma música e dance. Isso acalma vocês dois e a probabilidade de ele dormir ou se acalmar é maior. Eu fiz isso várias vezes. Inclusive, já há academias oferecendo aulas de dança para mamães e bebês com o sling e deve ser uma delícia mesmo.

 

Acostume-se. Apesar de o sling estar sendo cada vez mais adotado, ele ainda causa muita estranheza para a maioria das pessoas. É comum você estar com bebê no sling num shopping ou no supermercado e o pessoal ficar te olhando como se você fosse um ET. Quer ver então a curiosidade quando você vai colocar o sling em público e todo mundo fica de olho para ver como se faz a amarração. Também é normal as pessoas indagarem se o bebê não está apertado ou se o sling não está o machucando e você ter que explicar toda vez que o seu filho está bem, que ele gosta porque lembra o útero e que, se ele estivesse incomodado, ele ia reclamar.

 

Compartilhe. Não é só a mãe que pode usar o sling. Marido, avós, tios, amigos…todo mundo. Aqui em casa, meu marido usou algumas vezes e funcionava da mesma forma. Lembro de acordar nos finais de semana, quando meu marido cuidava do Gabriel para eu poder dormir um pouquinho mais, e achar a casa silenciosa. Quando eu ia ver, estava meu marido no computador ou lavando louça com o Gabriel dormindo no sling. Era uma coisa linda de se ver.

 

Curta. Pode ter um dia que você esteja exausta de ficar com o bebê no colo, mesmo no sling, e deseje mais do que tudo que ele durma no berço ou no carrinho. Mas lembre-se que essa fase vai passar e o bebê logo vai crescer e você sentirá falta de poder curti-lo juntinho no teu peito.

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9 Comments

  1. Como avó, inteiramente apaixonada por esse anjo Gabriel, deixo aqui duas constatações: agora já me acostumei mas no início ,sim, eu achava que ele ficava meio estrangulado…e,o Gabriel AMA slingar tanto com o papai quanto com a mamãe , e é muito lindo e gostoso de ver o bem estar de todos slingando!

  2. Adorei o texto e o comentário da vovó! Nós não usamos o sling, mas o canguru ergonômico – que penso funcionar do mesmo jeito. Quando o Vinicius completou 1 ano e, por causa do seu peso, tivemos que aposentar o acessório, lamentei bastante. Era mesmo um momento nosso muito bom 🙂

    • Obrigada, Talita! Eu cheguei a usar um canguru por ser mais fácil de colocar, mas pra mim o sling é mais confortável – tanto pra mim, quanto para o bebê (na minha percepção). Mas independentemente se é canguru ou sling, o bom é tê-los pertinho da gente e dar um descanso para os braços, né? Ah! O sling dá de usar com a criança até maior, se quiseres testar. Eu vou tentar seguir usando até o Gabriel não querer mais – e realmente espero que demore. rs Beijos!

  3. Adorei o Blog, Marcela! E principalmente esse post rsrs
    Eu usei sling com meus dois filhos (hoje com 7 e 5 anos) por muito tempo. Lembro de colocá-los no carregador quando eles já estavam com uns 3 anos. Foi uma mega mão na roda pra mim, principalmente pela diferença de idade deles (1 ano e meio), pois conseguia cuidar tranquilamente do mais velho enquanto o mais novo estava junto de mim no sling.
    Minha paixão é tanta que hoje trabalho ensinando e incentivando outras mães a usarem.

    • Obrigada, Alyssa! Espero conseguir usar ainda por bastante tempo como você conseguiu. Beijos!

  4. Adorei o post, Marcela! Acho que o sling foi o primeiro item do enxoval do Guto! Comprei um wrap e ganhei um de argola. Não vejo a hora de começar a usar! Beijos

    • É uma delícia (depois que a gente perde o medo inicial rsrs)! Até hoje o Gabriel curte e eu sempre tenho comigo na bolsa, pois, se nada mais acalmar o Gabriel, há sempre o sling. 😉

  5. Eu não consegui usar o wrap sling… acho q porque comprei ele muito tarde… meu bebê ja estava com quase 4 meses. Ele detesta, chora, se arranha, me belisca, odeia ficar de frente para mim e de costas para o mundo… Sem contar que na minha cidade estamos sempre por volta dos 33°C… Não aguentamos o calor… Mas eu gostaria muito q ele se acostumasse com o sling.. 🙁

    • Oi, Patrícia! Eu acho que o fato de usar desde cedo realmente ajuda o bebê a se acostumar mais fácil, mas podes insistir mais um pouco… Quem sabe começando a colocá-lo só quando ele estiver ficando com sono, que daí ele dorme e não se importará de estar virado pra ti. Sobre o calor, foi por isso que eu comprei um sling depois do tipo dry fit. E o que eu fazia se estava muito quente era deixá-lo só de body (pode ser só de fralda também) e eu também ficava só de regata. Às vezes, chegue ia ligar o ar condicionado para poder colocar o sling. Tenta um pouco mais, mas se não der, não desanima. Tem umas amarrações para bebês maiores que quem sabe ele goste mais. Eu só sei fazer a amarração básico, mas tem vários tutoriais na internet que você pode experimentar. 🙂 Boa sorte e obrigada pela comentário! beijos

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