Menu+

Não desista de amamentar!

Postado em 05/05/2015 por em Amamentação | 6 comentários

Getty Images

Getty Images

Quando estava grávida não me preocupava muito com a amamentação, apesar de receber alertas de amigas com experiência, dizendo que o começo era difícil e dolorido. Eu sempre achei que a amamentação era instintiva, que o meu bebê nasceria sabendo mamar, simples assim.

Após o parto, na sala de recuperação, quando eu e a minha princesa ficamos tranquilinhas e juntinhas, ela foi colocada no meu peito e bem aconchegadinha começou a sugar, naquele hora nada doía, era só amor transbordando.

Uma semana depois, já em casa, comecei a sentir dor e a ficar com os mamilos bem machucados, cortados mesmo. Nossa, lembro como se fosse hoje, quando colocava a Maria Antônia para mamar, sentia uma calafrio de dor e às vezes até tentava postergar um pouquinho a amamentação, mas coitadinha, não podia demorar para alimentar a minha bonequinha. Comecei a usar uma pomada de lanolina pura, chamada Mater Care e a passar o meu próprio leite para ajudar na cicatrização. No final da segunda semana, fiquei 2 dias sem amamentar no seio direito para ver se sarava mais rápido e, coincidência ou não, na terceira semana tive uma mastite braba neste seio e precisei fazer uma cirurgia para drenar (vou falar em outro post). Inclusive, não sabia, mas o mastologista me comentou que, geralmente, depois de uma mastite, a mulher não consegue manter a amamentação. Ainda bem que eu não sabia mesmo, por que nem cogitei desistir de amamentar e deu certo, ufa!!

Quando estava grávida não me preocupava muito com a amamentação, apesar de receber alertas de amigas com experiência, dizendo que o começo era difícil e dolorido. Eu sempre achei que a amamentação era instintiva, que o meu bebê nasceria sabendo mamar, simples assim. Me enganei.

Depois disso, tive a ajuda de uma enfermeira e ela me ensinou um truque super simples para me certificar de que a ‘pega’ estava correta e evitar novos machucados. Ao colocar a Maria Antônia para mamar, bastava, delicadamente, colocar o dedão no queixinho dela e abrir sua boquinha o máximo possível, já no seio. E dito e feito, depois da terceira semana, a dor deu lugar à satisfação e a amamentação passou a ser um dos nossos melhores momentos juntas. Aquela troca de olhares, a mãozinha dela fazendo carinho em mim, os olhinhos vidrados nos meus e até o sorrisinho sem largar o peito, quando eu faço uma gracinha… Nossa, impossível descrever a sensação, mas tem a ver com plenitude, só sentindo para saber.

Hoje, dar de mamar, mesmo na madrugada, é uma satisfação! Aliás, se quer um conselho, escolha uma poltrona de amamentação bem confortável, de preferência com um pufe, onde consiga dormir enquanto amamenta, pois vc passará bastante tempo ali. Não desista de amamentar, o começo é difícil, mas depois é muito especial! Juro, com certeza amamentar é umas das experiências mais maravilhosas que já tive até hoje!

A minha regra para amamentar é não ter regra, a quantidade que ela quiser, na hora em que ela quiser e onde ela quiser, por que considero a amamentação um ato de amor. Por isso, repito, a amamentação requer um esforço, mas que é totalmente recompensador, não desista de amamentar!

Tags: , , , ,

6 Comments

  1. A dica da vovó do Joaquim foi ótima…Durante a gravidez fiz esfoliação nos seios com buxa de banho natural…Após as mamadas também usei pomada de lanolina pura…Não tive rachaduras mas muita dor pensava em desistir todos os dias…até que passou e hoje é só alegria. Hoje odeio aqueles cartazes que estão espalhados com atrizes globais lindas e magerrimas amamentando seu filhos e dizendo que amamentar é fácil é lindo basta querer…acho que a verdade (como a Juliana postou hoje) é o melhor incentivo para amamentar!

    • Boa dica, Soraia! O médico me disse que 15 minutinhos de sol nos seios todos os dias tb é uma grande ajuda. E só quem já amamentou sabe que o comecinho é mesmo desafiador, não conheço NENHUMA mulher que passou ‘ilesa’ pela amamentação, mas com um pouquinho de persistência nós experimentamos uma das melhores sensações do mundo.

  2. Minha mãe sempre dizia que “via estrelinhas” de tanta dor quando ela amamentava. Outras amigas comentaram que essa disponibilidade para a amamentação requeria muita privação de sono, parecia uma “escravidão”. Aqui vi boas dicas que falam exatamente disso: menos dor e mais sono para a mamãe. Grata!

    • Eu tb usava essa expressão no começo, Giselle! E realmente, não só a amamentação, mas a maternidade em si, traz uma série de privações, mas os presentes são infinitamente maiores e mais valiosos, não tem nem como comparar. E uma poltrona confortável e a almofada de amamentação me ajudaram a passar por esse comecinho um pouquinho mais descansada. 😉

  3. Amamentar é mesmo tudo de bom. Este começo difícil fica super tranquilo a partir do segundo filhote….kkkkk
    Não desistam. Peguem leve e fiquem tranquilas…o tempo resolve tudo e o instinto materno fala sempre mais alto e acertadamente. Deixe fluir.
    Tudo passa….e o amor pelo filho, só aumenta.

    • Imagino que no segundo filho seja tudo mais fácil mesmo!! Amamentar é amor que transborda mesmo, né!!! <3

Trackbacks/Pingbacks

  1. 8 coisas para fazer enquanto você amamenta | Não são gêmeos - […] quiser conferir outros textos sobre amamentação, mastite, livre demanda, leite materno e artificial, clique nos links […]

Deixe um comentário para Juliana Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *