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Boas lembranças do primeiro mês

Postado em 11/02/2016 por em Comportamento | 1 comentário

Com o tempo, o primeiro mês deixou saudade. Quem diria.... | Crédito: Arquivo pessoal

Com o tempo, o primeiro mês deixou saudade. Quem diria…. | Crédito: Arquivo pessoal

Eu já escrevi um post aqui falando sobre o melhor do primeiro mês com o filho no colo. Atenção, spoiler: O resumo da ópera é que o melhor do primeiro mês é que ele passa. No post, eu explico melhor essa reflexão que pode parecer meio chocante para quem ainda não é mãe, mas as mães me entenderão.

Apesar de todo o caos que foram esses primeiros dias com o Gabriel, hoje me recordo de alguns momentos e chego a me emocionar. Então, permitam-me compartilhar com vocês algumas das boas lembranças que tenho desse período:

1) Meu marido acalmando o Gabriel na maternidade. Meu pós-parto foi complicado. Como já contei no meu relato de parto, tive parto normal, mas como perdi muito sangue, precisei de transfusão para me recuperar. Nos primeiros dias, estava muito fraca e não podia me levantar da cama que eu desmaiava. Por isso, tirando amamentar, o Eduardo fez todo o resto. Foi ele quem trocou a primeira fralda, vestiu a roupinha e acalmou o nosso pequeno. Lembro de uma noite acordar e ver o Eduardo segurando as mãozinhas do Gabriel e, com o rostinho colado, fazia um barulho de shhhhhh para tranquilizá-lo. E funcionou!

2) Minha mãe fez um kit com roupas pós-parto e trouxe comida. Passamos quase uma semana internados, pois o Gabriel teve icterícia e precisou de banho de luz. Enquanto estávamos na maternidade, acho que comentei algo com a minha mãe sobre minhas roupas de grávidas ficarem grandes e as que eu tinha estarem apertadas ainda (óbvio). Sei que no dia seguinte minha mãe e meu pai apareceram com uma sacola cheio de roupas novas que compraram para eu usar nesse período. Além disso, minha mãe, que odeia cozinhar ( apesar de cozinhar muito bem), praticamente todo dia me levava comida e abastecia meu freezer para eu não ter que me preocupar com isso.

A parceria do marido foi incrível desde o primeiro mês. | Crédito: Mirella Wolski

A parceria do marido foi incrível desde o primeiro mês. | Crédito: Mirella Wolski

3) O jeito da minha sogra. Depois que o Gabriel nasceu, minha relação com minha sogra se intensificou – e falo isso de uma maneira muito boa. Não que não nos déssemos bem antes, mas não éramos tão próximas. Eu não demorei a perceber que minha sogra era a “encantadora de bebês”. Ela tinha (e tem) o maior jeito com o Gabriel. Trocava fraldas, fazia dormir (tarefa mega difícil) e ajudava a aliviar as cólicas (ela me ensinou a posição tigrinho na árvore que foi uma mão na roda). Ela também me ajudou com a casa e levou comida. E eu que achava que ia preferir que as visitas me ajudassem com a casa para eu cuidar do Gabriel, me rendi. Assim que minha sogra chegava, eu entregava o Gabriel pra ela e ia descansar. Eu tinha a confiança e a certeza de que ela conseguiria acalmá-lo e cuidaria muito bem do pequeno. Até hoje é assim!

4) Ter 30 minutos de descanso na frente da TV. Engraçado como nossa noção de descanso muda após ter filho. No caos do primeiro mês, as melhores partes do dia eram quando eu amamentava o Gabriel ( já contei que não foi amor à primeira vista e que sofri um pouco, mas mesmo assim eu adorava esse momento). Isso porque eu sabia que teria uns 30 minutos (e mais de uma hora até quando ele dormia mamando e depois permanecia no meu colo) de descanso em que eu colocava minhas pernas num pufe, ligava o Netflix e relaxava dentro do possível. A partir dos três meses, quando Gabriel começou a mamar bem mais rápido, esse momento de descanso acabou. Aliás, conforme ele cresce, os momentos de descansos são mais difíceis durante o dia, mas, pra compensar, já temos noites inteiras de sono quase sempre.

O primeiro mês é difícil, mas ele passa e só melhora. E agora, olhando pra trás, eu até lembro desse momento com um pouco de nostalgia. Talvez porque hoje eu saiba que tudo isso faz parte do pacote maternidade. Há crianças mais fáceis e outras mais difíceis (no sentido de dormirem pouco, demorarem a se render ao sono ou que demoram a pegar o jeito da amamentação, etc). Mas independentemente de como é o seu filho, o primeiro mês é punk sim, ainda mais para mães de primeira viagem que não fazem ideia do que esperar – por mais que se leia sobre, nada como vivenciar.

Mas essas boas lembranças que tenho só servem para mostrar como, com amor, as coisas ficam mais fáceis e a gente vai aprendendo e superando as dificuldades. Um obrigada de maneira pública especial ao meu marido e as nossas mães que tanto me ajudaram no primeiro mês. Amo vocês! Aliás, amo nossas mães mais ainda depois de ter filho e sentir na pele o que elas vivenciaram para nos criar. <3

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1 Comment

  1. Querida Marcela, me emocionei com as tuas boas lembranças! Sou outra dessas que fala abertamente que o primeiro mês é um caos, mas ainda bem que depois só melhora, né? 😉

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