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Carta para a mulher que não quer ser mãe

Postado em 06/09/2016 por em Comportamento | 1 comentário

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Imagem retirada da internet

 

Ironicamente, acho que não há decisão mais maternal do que essa, afinal, você está escolhendo preservar uma vida que chegaria ao mundo sem ser desejada ou que talvez não tivesse os cuidados necessários.

 

Eu sei que esse não é um tema que se espera de um blog que fala justamente sobre maternidade, neste post não vai ter dica de passeio, brincadeiras ou lanchinhos saudáveis, espero não decepcionar ninguém! rsrs

Ei, você que já decidiu que não quer ter filhos, você mesma. Esse post é pra vc, sim num blog que fala de maternidade 😉 Ironicamente, acho que não há decisão mais maternal do que essa, afinal, você está escolhendo preservar uma vida que chegaria ao mundo sem ser desejada ou que talvez não tivesse os cuidados necessários. Exercer a maternidade é proteger, zelar e cuidar, e isso fazemos no nosso cotidiano com qualquer um, com nossos pais, irmãos, sobrinhos ou mesmo numa ação solidária com um desconhecido, então não questione a sua capacidade, apenas o seu desejo.

 

Quando falo das mulheres que não querem ter filhos, não estou falando de aborto, mas sim, das mulheres que escolheram não engravidar, aborto é um tema muitíssimo sério e delicado e não tenho maturidade para falar sobre, só acho que cada caso merece uma avaliação individual. Enfim, voltando ao assunto, há sempre muita expectativa da família e da sociedade, afinal, o ‘padrão’ é o casamento, seguido por filhos, mas você precisa sim, ser respeitada e apoiada em suas escolhas. Tenho certeza que você enfrentou alguns conflitos internos antes de chegar a essa conclusão, mas se vc está consciente, seja por que prefere focar na sua carreira, por que não quer assumir essa responsabilidade ou por não querer abrir mão da sua liberdade, siga em frente, firme e serena!

 

Mas se você ainda tem dúvidas, o que é natural, pense com calma, essa é uma decisão que precisa ser construída internamente e não de um momento. A maternidade é sinônimo de noites mal dormidas, de cansaço, de muitas vezes abrir mão da maquiagem e daquela escovinha no cabelo antes de sair de casa, é sinônimo de fome, enquanto encaminha a rotina do seu filho, de não conseguir mais fazer uma refeição tranquila num restaurante se o seu filho estiver junto e ainda for pequeno. É verdade, é tudo isso aí, mas é sinônimo também de um amor sem medidas, voraz e que sou incapaz de descrever. É poder olhar nos olhos dele por 3 minutos seguidos sem constrangimento algum, é ter uma mãozinha te procurando, te pedindo colo e fazendo de você o mundo dele (é claro que com o passar do tempo surge a independência e isso vai mudando), é se reconhecer nos pequenos gestos dele.

 

Saiba que é muito trabalhoso, acordar de madrugada, educar e até se tornar uma pessoa melhor para dar bons exemplos (eles aprendem te observando), pesquisar receitinhas saudáveis para alimentá-los bem, dar atenção, brincar, siiiiimmmmmmm, por que vc não pode dar atenção só quando lhe convém, é trabalho que só acaba depois que eles dormem! Não quero jogar um balde de água fria, só quero mostrar o tamanho da responsabilidade, afinal, estamos criando a sociedade do futuro, aqueles que queremos que se tornem adultos honestos, que proporcionem educação e segurança para uma comunidade, que descubram a cura de doenças, que empreguem e formem outras pessoas, enfim, sentiu a responsa, né?

 

Se ser mãe não fosse bom, ninguém teria mais de um filho, então, por mais trabalhoso que seja, se você tem suas prioridades claramente estabelecidas e tem o desejo de ser mãe, é sim um caminho maravilhoso!

 

Acredito que o mais importante é distinguir os conceitos de desejo e capacidade. A capacidade existe dentro de todas, às vezes precisa ser aprimorada, ou melhor, sempre, mas ela está lá, basta ser despertada. Agora, se você não tem o desejo de ser mãe, aí a resposta já está dada, né?! Bastar ter tranquilidade com a sua decisão, mas tb saber que, se o instinto materno aflorar mais tarde, não há nenhum mal em voltar atrás. O importante é ter uma escolha consciente e se aceitar, para que os outros tb possam fazê-lo! Sejamos felizes!

 

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1 Comment

  1. Eu achei o tema super pertinente, Ju! Também está na minha listinha de textos a serem escritos e publicados 😉

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