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Chegamos a um ano

Postado em 10/09/2015 por em Desenvolvimento | 2 comentários

Nossa tentativa frustada de fazer um ensaio de um ano com o sapeca que não parava quieto. | Crédito: Arquivo pessoal

Nossa tentativa frustada de fazer um ensaio de um ano com o sapeca que não parava quieto. | Crédito: Arquivo pessoal

Eu já contei aqui para vocês sobre o melhor do primeiro mês, lembram? Na verdade, os três primeiros meses passaram bem devagar na minha percepção de nova mãe super cansada, com um bebê que chorava bastante e era difícil para dormir de dia. Depois dos três meses, o tempo realmente voou. Num instante, passou o verão, já começou a adaptação do pequeno na escola e voltei a trabalhar. De lá para cá, então, foi muito rápido. E assim chegamos a um ano do Gabriel fora da barriga nesta semana.

No meu Facebook pessoal, postei uma mensagem que reproduz bem o que eu senti no dia mesmo do primeiro aniversário do meu filho:

Estou desde o início do dia relembrando tudo o que vivi nesta data há um ano, desde a primeira contração até ter meu pequeno nos braços. Tentei encontrar as palavras perfeitas para descrever como foi esse ano que passou voando, mas é difícil resumir tanta emoção e toda a intensidade do que vivemos em letras. Pensei em aprendizado, cansaço, superação, medo, gratidão, felicidade e, acima de tudo, amor, muito amor. Um amor sem tamanho que vem da gente, que vem dele e que vem de tanta gente que o esperou conosco e que acompanhou seu crescimento ao nosso lado (presencialmente ou a distância). Adaptando uma frase que li outro dia no Just Real Moms: Posso não ser perfeita, a vida pode não ser perfeita, esse um ano pode não ter sido a perfeição que eu imaginava, o mundo pode não ser perfeito e maravilhoso como eu gostaria que fosse… Mas, ao olhar para o Gabriel, sei que tem algo perfeitamente certo nas nossas vidas. Parabéns hoje e obrigada sempre!

A maternidade se dá de modos diferentes para cada pessoa. Para mim, desde o parto (como já contei aqui) foi tudo muito intenso. Ainda assim, me considero uma pessoa calma – cheia de dúvidas, mas tentando manter a tranquilidade até para que meu filho seja tranquilo. E olha que acho que tem funcionado.

Como eu aprendi em um ano com meu pequeno no colo (e muito colo). | Crédito: Arquivo pessoal

Como eu aprendi em um ano com meu pequeno no colo (e muito colo). | Crédito: Arquivo pessoal

Um ano com o Gabriel nos braços já é motivo de muita comemoração – ainda mais depois de uma gravidez tão desejada e esperada -, mas a data me faz lembrar ainda mais conquistas/marcos. Lá se vão um ano de amamentação (a maior parte da livre demanda, viva!) e de muito sling. Faz um ano que não sei o que é dormir até tarde, mas que já tive algumas/poucas noites dormindo oito horas seguidas (Sorte de quem tem bebê que dorme a noite inteira, pois por aqui ainda não é regra como já contei, apesar de ter se tornado algo mais comum ultimamente). Consegui que meu filho chegasse ao seu primeiro ano apenas com comidas saudáveis e preparadas por mim (veja aqui como fiz a introdução alimentar) e superei toda minha preguiça e falta de habilidade em cozinhar.

Pela quantidade de links que fiz neste post para outros textos que já escrevi no blog, vocês podem perceber como esse é um momento de retrospectiva que me faz ver como vivemos tanto, aprendemos muito e temos muito mais pela frente. As dúvidas continuam, os medos também e as culpas vêm no pacote materno.

Mas sabem o que vem junto? A vontade de ser cada vez melhor para meu filho (seja comendo de maneira mais saudável, perdendo menos tempo com besteira ou sendo mais grata por tudo o que temos), o amor infinito que me fortalece toda vez que estou caindo de cansaço e a felicidade que me domina a cada reencontro com meu pequeno (seja de manhã quando vou até o berço ou quando o busco na escola).

Que venham os próximos anos, mas que venham bem devagar. | Crédito: Arquivo pessoal

Que venham os próximos anos, mas que venham bem devagar. | Crédito: Arquivo pessoal

Como mãe de primeira viagem, tenho sim uma lista de coisas que penso que poderia ter feito diferente neste primeiro ano por ele, com ele e por mim. Entre elas, eu diria hoje: ter amamentado em livre demanda desde o início, ter usado o sling desde a primeira semana, ter entendido que chegaria o momento em que ele aprenderia a não ficar só no colo e não ter me angustiado com isso mesmo com os braços super cansados e doloridos, ter feito mais passeios mesmo que só dando volta perto de casa, ter viajado mais com ele antes dos seis meses pela praticidade de só amamentar, ter tentado sair um pouco mais sem ele para ter um tempo para mim e também com o meu marido.

Ainda assim, num saldo de primeiro filho, acho que consegui um bom equilíbrio. É tudo novo e é muito aprendizado para um curto período de tempo. Nunca a vida mudou tanto em 365 dias. E nunca 365 dias foram tão felizes e recheados de amor! Ou melhor, até foram, mas era de outra forma. A forma atual tem rosto redondo como o da mãe, olhos claros como os do avô, boca da avó, queixo da outra avó, expressões do pai e uma mistura genética que ninguém imaginava. Chegamos ao primeiro ano! Que venham os próximos (mas venham devagar, por favor )! <3

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2 Comments

  1. Ah, que bom poder fazer essa retrospectiva com saldo tão positivo!!! Parabéns ao Gabriel e à família. E parabéns à mamãe do Gabriel que, para variar, consegue colocar em palavras sentimentos tão complexos. Beijos para todos!

    • Obrigada, Tá! Às vezes, precisamos de muitas palavras para tentar traduzir, né? rsrs Que bom que gostou! O amor é inspirador mesmo. Beijos!

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